As
pessoas têm a mania de dizer que mente vazia é oficina do diabo.
Quem
tudo pensa, nada faz.
Dentre
tantos outros ditados populares...
Mas,
às vezes paramos para pensar na vida como um todo e descobrimos coisas
incríveis. Coisas que se não analisadas detalhadamente talvez nunca descobriríamos.
O engraçado
de lembrar, é que apesar de termos vivido tais momentos, essas lembranças
passam em nossas mentes em terceira pessoa.
Começamos
a repensar nossas atitudes, a forma que estamos vivendo nossas vidas e o modo
como tratamos as pessoas... família, amigos, namorado/a, marido/esposa, vizinhos,
desconhecidos...
E
quando começamos a refazer nossos passos, e lembrar quantos momentos perdidos,
pessoas deixadas para trás.
Começamos
a perceber tantos arrependimentos, tantos erros irreparáveis, corações
partidos, palavras as quais nunca deveriam ter sido ditas. E percebemos ainda,
que não dá para voltar no tempo e consertar aquilo que já foi quebrado.
Percebemos
que não importa quão duro lutamos para esquecer, os erros irão nos perseguir
durante muito tempo, até encontrarmos uma forma de dissipá-los em nossas
mentes. Mas, se isso não acontecer, aprendemos a conviver com isso pairando em
nossas mentes para sempre.
O
ser humano é engraçado, se adapta a qualquer tipo de ambiente, situação e
sentimento. E capaz de conviver de tal forma que aquilo eventualmente torna-se
parte dele.
Se
cada um de nós pararmos para realmente ver tais detalhes, vemos o quanto somos
insignificantes e o quanto fazemos de certos momentos e atitudes extremos
demais. Damos tanta significância para coisas que muitas das vezes não mereciam
tanta atenção assim. E outras vezes, simplesmente ignoramos aquilo que
deveríamos ter dado a devida importância.
Vemos
que tantas coisas poderiam ser evitadas e se pudéssemos voltar ao exato momento
de cada momento errado estaríamos prontos para consertar. Mas não podemos não é
mesmo?! Outro grande desejo é que se não podemos intervir nos erros quão bom
seria podermos reviver aquele último momento antes desses grandes
arrependimentos, sendo eles, os mais felizes de nossas vidas e simplesmente não
sabíamos.
Poder
apreciar aquele largo sorriso, dizer o ultimo te amo mais verdadeiramente,
olhar mais profundamente nos olhos de quem tanto amávamos, dizer um adeus
decente... Ah, são tantos momentos os quais com o passar do tempo, depois de
repetir tantas e tantas vezes a mesma história, simplesmente parece que nunca
aconteceram. Parecem histórias inventadas, ou simplesmente plagiadas de alguém.
Mas
e o agora? Depois de repensar seus erros e acertos do passado, o que estamos
fazendo pelo hoje, para que no futuro não se tornem os arrependimentos de
amanhã? Estamos agindo da mesma maneira, desprezando aquilo que realmente é bom
sem que nem percebamos e mal temos tempo de reparar, e dando valor a
sentimentos insignificantes, desprezando pessoas por uma briguinha qualquer,
guardando magoas, criticando, julgando... perdendo tempo!
Se a
riqueza e beleza das grandes histórias estão nos detalhes de um bom livro, será
que estamos dando o devido valor aos detalhes dessa história que chamamos de
vida, e o protagonista somos nós mesmos, será que se olharmos no espelho por
cinco minutos iremos nos agradar de quem somos, e estamos nos tornando, será
que realmente estamos atrás da verdadeira felicidade sem querer tirar vantagem
do outro. Ou simplesmente esquecemos o real significado de estarmos vivos?
Stéphanie de Oliveira Farias
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